A papinha deve ser líquida ou espessa?

                                                       Questão de nome







A denominação da refeição do bebê já reflete o que ela deve ser: uma papa ou papinha de maneira mais carinhosa. E a consistência deve ser de acordo.
Por isso, justamente, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que não seja usado o
termo “sopa” de legumes, pois dá a ideia de uma comida líquida ou semilíquida!

O argumento faz sentido: se seu filho ainda não tem dentição para mastigar, o jeito é dar papinha bem rala, quase líquida, certo? Errado! Nada de sopinhas ou frutas passadas pela peneira!
Não é porque o bebê até agora só mamava que ele não consegue engolir alimentos com outras texturas. Mas como isso acontece?


Encarando as papinhas mais grossas

Ao contrário do que muitos pais pensam, as papinhas ralas ou líquidas não ajudam em nada o bebê. Afinal, seu filho já tem capacidade de lidar com uma textura mais consistente!
Aos seis meses, a trituração dos alimentos é feita pelas gengivas, que já estão suficientemente endurecidas, pois os dentes se encontram na superfície, prontos para surgir.
Além de o bebê entrar em contato com outras texturas e dar um passo para a boa formação dos hábitos alimentares, o uso das papas mais espessas estimulam as funções de lateralização da língua.
Isso significa que o bebê aprende a jogar os alimentos para os dentes trituradores, começando a especializar o reflexo de mastigação. Bebês que recebem papas mais consistentes aos 8 meses têm melhor musculatura facial para a mastigação!


Para os pais não se esquecerem

Veja então algumas dicas que os pais não podem deixar de lado.
• No início da alimentação complementar, quando as papas salgadas e de frutas são oferecidas, os alimentos devem ser preparados especialmente para o bebê. No cado das papas salgadas os alimentos devem ser bem cozidos!
• Coloque os alimentos cozidos em um prato e amasse com um garfo. A consistência deve ser de papa. Nada de liquidificador ou peneira.
• A capacidade gástrica do bebê é pequena. Assim, quanto mais espessa e consistente a papinha for, maior será a densidade energética (caloria/grama de alimento), garantindo um aporte adequado a seu filho em poucas colheradas!
• Sopas ralas (líquidas) e sucos são mais diluídos e têm menor densidade energética. Assim, a criança come o mesmo volume das papas consistentes, mas com menos energia e nutrientes. Fique atento!

Fonte: http://www.comereaprender.info/comendo-e-aprendendo/primeiro-ano-de-vida/page/14/